Técnicas de limpeza industrial
Limpeza a laser
Para a limpeza a laser, utilizamos um feixe de laser com 500W de potência para remover a sujeira da superfície. Pode não parecer muito, mas essa potência está concentrada numa área muito pequena, resultando numa densidade de energia muito alta.
Sendo assim, a ponta de luz pode gerar um aquecimento considerável do material em questão num curto espaço de tempo. Isso significa que é possível derreter ou, até mesmo, vaporizar um metal em questão de segundos. É assim que funcionam os cortadores a laser: eles vaporizam o material iluminado e podem cortar alguns centímetros de aço como se fosse manteiga.


Jateamento de areia
A técnica de jateamento com areia é muito utilizada para a limpeza de superfícies sujas. Grãos de areia (ou, atualmente, outros tipos de grãos) são lançados com alta velocidade contra a superfície poluída usando ar comprimido. A poluição desaparece ou cai devido à alta velocidade e formato irregular dos grãos, que produzem um efeito abrasivo. Em outras palavras, o jateamento pode ser usado para limpar fachadas, navios e peças industriais. O jateamento é eficaz na remoção de ferrugem, mas também pode retirar revestimentos, camadas antigas de tinta e outras formas de poluição. É menos adequado para formas muito finas porque os grãos também desgastam as camadas subjacentes, o que geralmente não é desejável. Um compartimento fechado e um dispositivo de segurança especial também devem ser fornecidos para proteger o meio ambiente e o operador, já que os grãos e os detritos voam com grande velocidade. Em muitos casos, algumas partículas de areia permanecem na superfície tratada, necessitando de uma limpeza posterior à aplicação da técnica. Existem também máquinas de jateamento, nas quais a peça é colocada onde ocorre a limpeza automática.
Jateamento de gelo seco
A técnica de limpeza conhecida como jateamento de gelo seco é muito similar ao jateamento de areia. Todavia, ao contrário do segundo, não fica nenhum grão após o procedimento. Os grãos são compostos por gelo seco, sendo o dióxido de carbono congelado. Eles se evaporam logo após o impacto na superfície que deve ser limpa. Contudo, os detritos flutuam no espaço, requerendo a devida proteção das pessoas e do meio ambiente. O gelo seco é menos empregado para grandes superfícies, como embarcações e fachadas, mas é usual para a higienização de peças de equipamentos, máquinas antigas e moldes. A peça de trabalho desgasta-se pelas partículas do gelo seco, assim como acontece com o jateamento de areia, portanto, quanto mais limpezas, mais rápido ocorre o desgaste das peças.


Limpeza a alta pressão com água
Esta técnica é bastante conhecida do público. Pressões e temperaturas extremamente elevadas são frequentemente usadas na indústria. Pressões de água superiores a 1000 bar não são incomuns e podem remover sujidades muito difíceis. Embora o líquido utilizado seja aparentemente inofensivo, como a água, existe o risco de causar danos permanentes à superfície. A água sob pressão é tão forte que consegue cortar aço. Logo, pode ser um efeito colateral não desejado ao se utilizar esse recurso para limpeza. Dada a grande pressão, a segurança é um ponto crucial e o ambiente deve ser devidamente protegido. A poluição por detritos e a humidade podem se espalhar pelo ambiente, o que nem sempre é desejável. A limpeza de alta pressão é bastante adequada para grandes superfícies e é financeiramente interessante devido ao agente de limpeza económico, a água, não sendo tão interessante para o ambiente.
Limpeza térmica (Pirólise)
A pirólise é um método que pode ser usado para limpar objetos com cantos e bordas inacessíveis. O objeto é colocado num forno de pirólise e aquecido a uma temperatura elevada. A contaminação, que às vezes é de carbono, evapora enquanto a peça permanece intacta. Após dez horas no forno, as peças estão limpas. Durante a pirólise, deve-se estar atento à deformação térmica das peças e à alteração das propriedades superficiais da camada subjacente. Esta técnica só pode ser utilizada se as peças a limpar puderem ser desmontadas e colocadas num forno. Isso torna-a inadequada para superfícies amplas ou sólidas. Uma utilização típica é a higienização de grelhas industriais, sendo relativamente pequenas, são usados em grande número e muitas vezes estão sujas com componentes orgânicos que evaporam facilmente. A pirólise, às vezes, é executada com uma forma suave de jateamento de areia, denominada limpeza de leito fluidizado.


Limpeza química
Na limpeza química, as peças a serem limpas são imersas num banho ou pulverizadas com uma solução química. Esses banhos são, geralmente, em alta temperatura para acelerar a reação química com a poluição. Após algumas horas ou dias de imersão, toda a sujeira é removida das peças, que ficam limpas. Assim como na pirólise, as peças devem ser desmontadas e levadas à empresa de limpeza. As empresas geralmente não têm um setor específico para a limpeza química, requerendo autorizações específicas conforme a legislação ambiental. O fator ambiental é cada vez mais visto como um problema da limpeza química, como o tempo de espera total. Alguns materiais não são apropriados para esta técnica devido às possíveis reações com os banhos químicos. A limpeza química também é usada para higienizar tubulações, já que outras técnicas não são tão eficientes. Nesse processo, é submetido aos tanques com químicos para retirar a sujeira.
Comparação de métodos de limpeza
